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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Brida, Bica, Bibi, Bicudinha...Bi


Brida...

Hoje perdi minha irmãzinha, minha filha, minha criancinha, minha “casinha”, meu bichinho de pelúcia, simplesmente minha inesquecível Brida Maria.

É difícil e extremamente triste perder um animal de estimação. Até mesmo por que não se trata de um animal, mas sim de um membro amado da família. É como se meu coração fosse explodir de dor, vou morrer...
Eu simplesmente daria minha vida por ela.
Ela só gerava amor, união e festa. Não fazia mal pra ninguém, era apenas minha melhor amiga, com quem eu podia contar todos os momentos. Ela me ouvia e era verdadeira. Talvez, a mais verdadeira criatura que tenha passado por mim até hoje.

Foram 8 anos de alegria.
Ela era o cãozinho mais feliz que já conheci.
Enfim, to triste. Muito triste por lembrar da nossa despedida e dos nossos momentos de felicidade. Me sinto sozinha.


"Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu vou te amar
A cada despedida
Eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar.."



Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida..."




Abaixo, um trecho de “Marley e eu” que define esta criatura fantástica – enviado pelo amigo Hábilis:


Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele.

É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?

Marley e Eu.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

“Toda vez que eu chego em casa, tem uma barata voadora no banheiro...”



Diz aí ________________, o que você vai fazer?



Não suporto barata, ainda mais se perceber que a mesma tem asas crocantes e olhos arregalados. Certo dia, durante este verão, ao chegar de um churrasco, cheia de sede e em busca de um copo d’agua, passei no corredor e lá estava ela. Uma baita barata, tão quietinha, calada e imóvel que cheguei a ter dó do inseto. Uma pena que durou por pequenos instantes, já que a maldade humana e meu medo falaram bem mais alto que qualquer outra coisa.




Então, cheia de coragem, corri até o armário e retirei um inseticida, que em minha inocência protegeu-me contra o perigo. Mas como disse na frase anterior, era pura inocência. Enquanto eu me armava contra ela, ela também bolava uma estratégia contra mim.



Demorei a achar o buraquinho de onde sai o veneno e os 10 segundos de distração deram a ela uma vantagem imensa contra minha arma. Contei de 0 a 1 e lá fui eu, esguichei o veneno, rindo de forma malvada e dizendo: barata porca, barata porca...!!

E ela?


Pois é, ela levantou suas asas enormes e veio pra cima. Saiu voando atrás de mim, mesmo intoxicada com o veneno. Eu, uma pessoa nada corajosa, sai correndo da barata em plena madrugada, gritando: Vóooooooooooo! Socorro!! Tem uma barata voadora VOANDO atrás de mim.


Empurrei a porta do quarto da minha vó, que fica em frente ao banheiro, e consegui desviar da barata. Quando olho pra minha vó, a coitada toda descabelada diz: Fica quieta menina vai acordar seu irmão.


Mal sabe ela que eu estava morrendo de pavor da barata. Então, ela saiu do quarto e foi perseguir o inseto no banheiro, pra onde voltou logo depois. Minha vó matou a barata e eu tive pesadelos terríveis com ela puxando meu pé.


Até agora, quando olho pra uma barata entro em pânico e saio correndo. Hoje estava fazendo pipi quando meus olhos se cruzaram, novamente, com essa raça. Adivinha? Saí correndo com as calças na mão.



Moral da História: Melhor as calças na mão, do que uma barata voando.


Ops, errado! O correto é: Melhor um pássaro na mão, do que dois voando.






Atenção: só para esclarecer, as baratas sentem calor e no verão é comum saírem das tubulações e subirem para as residências, onde está mais fresquinho.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

As pombas do Jardim Velho falaram..(HAHAHAH)




Hoje a tarde conversei com uma pomba comum, ela me contou que...

- Crianças são pequenos monstros. Os integrantes desta pequena raça, que fede leite e masca chupeta, não podem nos ver quietinhos, ciscando algo, que já colocam suas pequenas pernas pra correr e suas goelas pra gritar....ah, ahh, ahhh, vou pegar você pombinha feia!!




E eu, na terceira idade, com as asas caindo aos pedaços, junto forças nem sei da onde e me coloco a voar. Mas ó, vôo um metro no máximo. Minha filha, meu pulmão já não agüenta mais, minha vista então...é a idade, é a idade, benhê.




Sabe benhê, mas tem momentos que eu acho até engraçado. Tem hora que esses diabinhos, a fim de conseguir nos pegar fingem não estarem vindo em nossa direção. Eles tentam disfarçar, e sabe como? Os monstrinhos contorcem os bracinhos pra dentro e os dedos também, fazem cara de malvados e vem pisando na ponta do pé, como se nós fossemos pombos bobos e não víssemos a cena. É benhê, nessas horas vocês humanos não vêem, mas gargalhamos por ver que os humanos são tão tontos. Se divertem correndo atrás de pombos.




Tchau benhê, preciso ir, ainda tenho que rezar o terço e terminar de ler meu livro. Aprendi com os humanos, **** e depois rezam! Não é?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CENSURA


Pai... O que é censura?
Bem...************************************************

E você, acha que a censura continua presente em nossos dias?

Hei! Pode Falar.
Eu acho, todos os dias.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Santa Ignorância.


Não há nenhuma possibilidade de se tornar culto, ou educar alguém, assistindo a TV pública do Brasil.

Acabei de chegar do trabalho, (um dia cansativo!!), ligo a TV e não sei o que é pior: de um lado, um programa discute quem tem o corpo mais bonito, homem ou mulher, do outro, se a Eliza Samudio morreu ou está se prostituindo na Holanda. Ainda mais, que o advogado do goleiro Bruno afirmou ser usuário de crack, por meio da chamada: “o advogado cachimba crack.” Também existe a opção de assistir Os Mutantes, SOS Espiritual, ou a novela da Globo, chamada Araguaia.

Qual é a do Brasil? Que democracia é essa?

Só se vê apelos, banalidades, sexo, armas, drogas, tudo que não presta está lá, à disposição, é só escolher e fazer o IBOPE subir. Enquanto isso, as emissoras ficam milionárias e nós continuamos sorrindo. Afinal, brasileiro é um povo feliz, não é mesmo?

E se você não quiser nada disso, tem duas opções: desliga a TV pra sempre, ou pague por um conteúdo de melhor qualidade, que também manipulará sua opinião, mas pelo menos lhe fará questionar.

De acordo com o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, edição 157, da revista Caros Amigos deste ano: “A banalidade exerce um fascínio enorme sobre as pessoas”.

Ai, Ai...que coisa, não?

sábado, 6 de novembro de 2010

Sábado Nublado e Pensamentos Flutuando (Novembro)

Trecho de
Tabacaria de (Fernando Pessoa) - Álvaro de Campos


Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente


Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.

Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo

E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Para ler o poema na íntegra, acesse:http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/456.html

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Transporte Coletivo em Mogi Mirim - manhã de 1° de novembro.2010!


Infelizmente, em Mogi Mirim se você não tem patins, bicicleta, carrinho de rolimã, carrinho de mão, automóvel, moto, ou poderes mágicos para invocar o pó de flu do Harry Potter, capaz de lhe mover em instantes de um ponto a outro, o que lhe resta é usar o que tem abaixo das canelas para se transportar dentro da cidade, seu par de pés.

É impossível assumir compromisso, pensando em utilizar o transporte público. Hoje, ao acordar, às 5h45 da manhã, para fazer minha aula de carro na autoescola, corri para tomar banho e organizar minhas coisas para que pudesse chegar no horário, às 7h10 (no máximo), sem grandes transtornos. Sai de casa às 6h40.

Ou seja, se o ônibus, de acordo com a tabela de horários deveria passar por volta das 6h50, minha programação estaria de acordo. Porém, voltei pra casa às 7h20, frustrada e com multa para pagar na autoescola, graças ao meu não comparecimento. O ônibus não passou no horário previsto, e assim como eu, muitas pessoas perderam o prazo ou estão atrasadas para seus compromissos, que inclui trabalho, creche e até comparecimento no fórum. E não digo por que acho, não. As próprias pessoas disseram.

O que mais me deixa fula da vida é que as pessoas se culpam. Minha vó mesmo disse: querida, você saiu atrasada.

- Sai atrasada? Ahh!! Pelo amor de deus. Vocês que deixam a situação pior. Se culpando sempre, não aprenderam a apontar o dedo na cara de quem tá errado. Desse jeito, as coisas nunca vão mudar. Trabalham que nem uns desesperados para pagar por um serviço que desrespeita a integridade do cidadão, que coitado, tá sempre atrasado, sempre sendo tachado de preguiçoso que perdeu a hora.

EEEE Brasil! Mostra sua cara.
Quem cala, consente. Isso é um problema.
E, enquanto isso coloque um tênis no pé, parcele uma bicicleta, ou qualquer meio, em que você possa confiar. E parem, parem – APRENDAM, POR FAVOR, A COBRAR PELOS DIREITOS.

BOTA A BOCA NO TRAMBONE MINHA GENTE!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Escolhas. Ideais. Perfis. Coisas pra se pensar...


Idealista é um sonhador, um louco, sem pé no chão e com a cabeça nas nuvens, ou é o cara que tem um propósito de existência e vive de maneira coerente com suas crenças, valores e sonhos?

O ideal é relativo, como tudo na vida. Pra ele, essa lógica era extremamente LÓGICA, o problema é que ele pensava diferente dos caras do trabalho, dos amigos, dos irmãos, do patrão. Era um pensar coerente, mas sem futuro na cabeça dessa gente que leva a vida sem questionar, pensar, sonhar, amar, gargalhar, arriscar, flutuar, pesquisar, passear, beijar, brincar, comemorar, simplificar...

Uma vez ele me disse que quer chegar ao final de sua vida de bem com o mundo, feliz por ter feito tudo que teve vontade, da maneira mais completa que pode, sem um pingo de dor no peito e no coração por estar quase sem ar, a beira da morte, e lembrar que deixou amor, esperança, respeito e uma pitada de ideal dentro de cada jovem que conseguiu arrastar consigo pelos caminhos afora.

Ficar preso numa caixinha de fósforo e sentir-se limitado, dizia ele, é privar-se da felicidade. Ideal é colorir o caminho com as cores que mais gosta e que, de acordo com a semiótica de sua existência, façam sentido!

Pensar. Pensar!

sábado, 23 de outubro de 2010

Domingo de outubro e o circo



Era um domingo chuvoso.


Ele chegou para buscá-la no horário combinado.
Um beijo foi dado.

- Nós vamos mesmo ao circo? – disse o namorado.

- Ah, circo? Acho que mudei de idéia – respondeu ela.

- Urgh!! Mudou de idéia de novo? - perguntou.

- Sim, já sei o que vai acontecer no circo: as pessoas irão chegar, escolher seus lugares, comer churros e pipoca, o apresentador dirá: Respeitável Público, e o show terá inicio. Depois de muita palhaçada (algumas tão bobas, que as pessoas rirão por respeito), o espetáculo chegará ao final e as pessoas voltarão para suas casas finalizar a noite assistindo programas dominicais com seus corações apertados, por saberem que amanhã, segunda-feira, é dia de dar duro no trabalho para terem a oportunidade de envelhecer mais uma semana.

- Que saco heim! - completa ele.


A racionalidade, em excesso, pode deixar os dias sem cores

domingo, 4 de julho de 2010

Expansão Imobiliária


Rua Venezuela, Mogi Mirim, manhã de 04 de julho, 2010.


Por Ludmila Seriani Fontoura

Três cavalos à solta e sem rumo invadiram as ruas da cidade nesta manhã (Vila Universitária, Mogi Mirim). Ou será que são as ruas da cidade que deixaram os cavalos sem campo?

A situação, já retratada pelo jornal O Estado de S. Paulo, em setembro de 2009, tinha outro personagem, uma suçuarana. Mas um ponto em comum, tanto no caso da suçuarana como na invasão dos cavalos pode ser caracterizada como reflexo da expansão imobiliária.


Abaixo, confira trecho da matéria de Tvan Marsiglia - O Estado de S. Paulo:

Como ia contando, domingo a noite já estava cansado de vaguear atrás de uma refeição quentinha: o senhor sabe que eu só saio para comer quando escurece. E, com o desassossego da juventude - só tenho 1 ano de idade -, agarrei vereda nesse mundéu. Quando dei por mim tinha descido a ribanceira toda, escutando a barulhada que vem da toca de vocês. Tenho audição sensível, de ouvir detalhe, farfalhar. De modo que fiquei atordoado com tanta balbúrdia. Para piorar, aquelas luzes passando... Olho de gato é feito para enxergar no escuro, viu? Então me apercebi que o dia já ia raiar e eu ali, tão longe de casa. Corri em disparada.
A travessia, nem sei como fiz. Sou ligeiro, mas a sorte ajudou. Acontece que, quando ia dar o pulo do gato por cima da mureta, uma coisa grande bateu em mim. O mundo girou, não vi mais nada.


Para conferir a matéria completa, acesse o site: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,sou-sucuarana,438384,0.htm

terça-feira, 22 de junho de 2010

Feira do Rolo em Mogi Guaçu - ESPAÇOS

Por Ludmila Seriani Fontoura
Série: Espaços - (Junho 2010)

A Feira do Rolo é uma feira de artigos antigos que acontece todos os domingos no centro de Mogi Guaçu, município localizado no Estado de São Paulo. Ela se localiza ao final de uma feira comum, que vende verduras, frutas, roupas e bugigangas, como bolsas, controle remoto, dvds, brinquedos , etc.
No entanto, de comum, a Feira do Rolo não tem nada. Nunca vi um lugar com tanta tranquilharia...

Mas de onde vem tudo aquilo?
A resposta está na reciclagem e na doação.
Os comerciantes coletam os artigos do lixo
durante a semana, ganham materiais antigos
de alguns colaboradores, ou retiram algo que
não usam da própria casa.


Perfil
O perfil dos comerciantes resume-se basicamente
em aposentados. São eles em sua maioria.
Mas também tem aqueles que durante a
semana exercem outro ofício. Para vender
os artigos, os comerciantes devem estar
cadastrados na prefeitura do município e pagar pelo
valor imposto. Para 4 metros de banca,
são pagos R$ 18 mensais.


terça-feira, 15 de junho de 2010

Olhando pelo avesso e através da VIRADA CULTURAL DO INTERIOR PAULISTA

Por Ludmila Seriani Fontoura - equipe Hei.PossoFalar?
Vinte e quatro horas – GRÁTIS - de música, dança, circo, teatro, exposição e cultura popular. Um final de semana atípico em algumas cidades do interior, como nos municípios de Mogi Guaçu, Jundiaí, Bauru, Assis, Ribeirão Preto e Sorocaba, por exemplo. Isso porque, nos dias 22 e 23 de maio, 30 cidades do interior e litoral paulista foram palco da Virada Cultural, evento inspirado na festa da capital paulista e que, de acordo com a Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo, neste ano atraiu 1,3 milhões de pessoas em todo o Estado. O investimento do governo foi de R$ 6,5 milhões.


Colocada nas ruas pela primeira vez na administração, do então governador do Estado de São Paulo, José Serra, a Virada Cultural Paulista nasceu em 2007, sendo realizada em dez cidades do interior e levando para o gosto popular 381 atrações. Após, em 2008, foram 19 cidades participantes e 476 eventos e, seguindo a crescente ordem dos números, em 2009 a virada aconteceu em 20 cidades com 563 pontos de disseminação cultural.


De acordo com o coordenador da Virada Cultural, André Sturm, a escolha das cidades palco da Virada Cultural se dá, primeiramente, pela localização geográfica do município. “O intuito é ter a virada em todos as regiões do Estado. Mas outros pontos também são analisados, como a população, o interesse do município e a tradição da cidade em promover eventos culturais” – afirma.


Para o próximo ano, ainda não há definição sobre as cidades participantes. Sturm diz ainda ser cedo para falar em aumento no número de cidades que receberão a festa em 2011. Antes, Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo ainda realizará uma avaliação sobre a festa deste ano, para então iniciar o planejamento da próxima.


De cabeça na Virada do Interior
Para entender como a virada aconteceu mergulhamos de cabeça num território, digamos, longe... bem longe. Em Mogi Guaçu, uma das 30 cidades anfitriãs do evento.

É a segunda vez que o município recebe a Virada Cultural Paulista e, segundo o secretário de cultura do município Edenilson José Faboci, cerca de 40 mil pessoas participaram do evento. Neste ano, como a programação estava mais “rechonchuda”, se comparada a 2009, além do centro da cidade, outros locais também foram ocupados pelas atrações que incluíram artistas como Arrigo Barnabé, Arnaldo Antunes, Sandália de Prata, Dj Evelyn, a grafiteira Pankill, exposição sobre história em quadrinhos, artes circenses, teatros e os artista da própria cidade, o cantor Pedro Henrique junto à banda Lumiar, a banda marcial dos Ypês e a DivaDrive, que foram indicados pelo município e, posteriormente, contratados pelo governo estadual.

Para Ully Costa, vocalista da Sandália de Prata, banda samba-rock da capital paulista, a Virada Cultural é importante para os artistas, para a música brasileira, para a galera da culinária, para os grafiteiros e principalmente para o público. Para ela, a Virada Cultural é arte pura.

Quanta gente boa que a mídia comum não mostra. Quanta musica de qualidade que fica escondida atrás dos holofotes da grande imprensa. De acordo com Faboci, após a criação da Secretaria de Cultura no município, há dois anos, Mogi Guaçu está trabalhando para descobrir, redescobrir e incentivar os talentos que estão espalhados pelos diversos pontos da cidade. “Para nós a cultura não pode ser vista como algo supérfluo, por isso trabalhamos durante todo o ano, por meio de um calendário de ações, na descentralização da cultura, proporcionando espaço para todos, de maneira a impulsionar novas referências para a população” – comenta.

Além dos artistas, por incentivo da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo e o apoio de órgãos municipais, Mogi Guaçu tratou também de assuntos pertinentes aos cidadãos, disponibilizando pontos de informação sobre a Lei Maria da Penha, educação no transito e previdência privada.

Dois dias de festa, dois dias de mistura cultural. Desde adolescentes de cabelo e cadarços coloridos a tiozões de cabelos compridos e colete nas costas, na virada todo mundo dançou, cantou, sorriu e aproveitou às 24h – GRATIS – de cultura.


E como vai a cultura? Bem, obrigada?

Não. Meia boca, de nada.
Analisando sob a ótica da escola de Frankfurt, que tem como base a Teoria da Indústria Cultural, o que se pode afirmar, com toda certeza, é que a cultura, no que diz respeito a pensamentos, obras de arte, espetáculos, cinema, leitura, etc., infelizmente, tornou-se um produto caro que pode ser consumido por poucos.

Claro, quem é que, em tempos de cachorro magro, consegue pagar R$40 por um convite individual para assistir a uma peça de teatro de qualidade? Ou ainda, R$15, 16, 19 por uma sessão de cinema? Isso é artigo de luxo para a massa, que sobrevive, muitas vezes com salários dignos, porém míseros.

De acordo com Fabiano Ormaneze, jornalista e professor da área de Estética e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), a centralização do consumo cultural é um problema que poderia ser evitado se houvesse uma política pública de acesso aos bens culturais, uma valorização das manifestações não elitizadas, a democratização dos meios de comunicação e, claro, a melhoria da educação – salienta. Neste sentido, mesmo passando por ações que visam proporcionar novas referências, como a Virada Cultural Paulista, importante estímulo para os cidadãos darem um passo adiante, a cultura precisa ainda ser democratizada.

Para o jornalista e professor, a Virada Cultural é válida como um incentivo e não como uma medida que resolve o problema da exclusão cultural. “Não adianta proporcionar 01 dia de atividades gratuitas, mas esquecer dos outros 364 dias do ano. Não dá para disponibilizar cultura de maneira limitada” – salienta.

É um jogo de dominó num país que não analisa. Assim, o anormal passa a ser normal. Ora bolas, falar sobre cultura envolve, primeiramente, a discussão sobre a educação do Brasil.

Vale Cultura: progresso?
O projeto de lei 5798/09, que se refere ao Programa de Cultura do Trabalhador e que contempla o Vale Cultura, ainda aguarda para ser apreciado na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Isso por que, após ser votado e aprovado em plenário no dia 14 de outubro de 2009, o mesmo seguiu para o Senado Federal, que apresentou emendas à câmara, em 22 de dezembro.

Até o momento, as emendas aguardam para serem votadas. Porém, segundo o sítio Agência Câmara de Notícias (http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/NAO-INFORMADO/4269-GOVERNO-QUER-VOTAR-24-PROJETOS-PRIORITARIOS.html), em março deste ano foi apresentada uma lista com 24 projetos que tem prioridade de votação até as eleições. Entre eles, não se encontra o Programa de Cultura do Trabalhador. De acordo com a central de informações da Câmara dos Deputados, a ordem de prioridade pode ser alterada a qualquer momento.

Mas, será que com a aprovação do Vale-Cultura as pessoas terão mais oportunidade para consumir cultura de qualidade?

Um ponto de atenção, e que merece destaque, é o entendimento que se tem sobre cultura no Brasil. De nada adianta proporcionar ao trabalhador a oportunidade de freqüentar um teatro, um cinema, comprar um livro ou mesmo um disco, se o Brasil continuar apoiando a Indústria Cultural, que tem o poder para direcionar o consumo e a capacidade de direcionar o olhar das pessoas apenas para aquilo que ela mesma colocou na mídia e considera ser cultura.

Se isso acontecer, andaremos em círculo e, novamente, daremos espaço apenas para as manifestações elitizadas: ao artista e não a obra, ao consumo e não ao significado, ao resultado e não a análise. Desta forma, consumiremos somente aquilo que é produzido em série para gerar renda aos grandes detentores da mídia, que visam o lucro a qualquer preço, mas que não se preocupam em disseminar, democratizar e gerar conhecimento.

É preciso incentivar a busca por novas referências, para que as pessoas formem um novo repertório, capaz de analisar e compreender o contexto em que estão inseridas, e não apenas consumam de forma desenfreada. O necessário é entender que a Indústria Cultural estuda o público que quer impactar para então direcionar suas ações. É um mercado inteligente, que pode engolir cada um de nós – com suas frases feitas, com suas noites perfeitas (trecho extraído da música Frases Perfeitas, do compositor e cantor Cazuza).

sábado, 8 de maio de 2010

Bem Vindo!

Hei!

Você já parou para pensar no seu dia-a-dia? Naquelas coisas que as pessoas consideram importantes, mas que você não dá a mínima e faz sem saber o porquê? Nas roupas que você usa? No sapato que você calça? Na comida que você ingere? No carro que você quer? No lugares que você frequenta? E no porquê de tudo isso?

Pois é. Esse blog nasce exatamente para MOSTRAR O OUTRO LADO DA CORTINA. Aquele vértice que você não vê. Aquele lado que te escondem o tempo todo. E por que te escondem? Já pensou?

Questione mais! Essa é a nossa proposta.

Saia da "bolha" que a sociedade impõe do: Acordar. Tomar banho. Escovar os dentes. Engolir um cafézinho. Ir para o trabalho. Ir para a escola. "Ingerir um sapo". Almoçar quando dá. Se não dá, alimentar-se de mais sapos. Enfrentar trânsito. Chegar em casa. Jantar. Assistir jornal. Ver novela. Colocar pijama. Ter insônia. Pesadelo com o trabalho. Acordar. Tomar banho. Escovar os dentes...

Faça coisas novas, pense diferente. Não basta existir. Tem que se expressar, gritar, cantar, ser feliz!

É isso!

Viemos para tanto, nascemos para:
  1. Libertar> Pensar fora da caixa;
  2. Democratizar> Comunicação de mão dupla;
  3. Analisar> Pensamento do todo, contexto;
  4. Inovar> Fazer de forma diferente;
  5. Expressar> Expresso, Logo existo;
  6. Existir> Mostrar a que veio;
  7. Comunicar> Por que falar é preciso...
Seja bem vindo, esperamos que goste!