Pesquisar este blog

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

1° CAPOTE Mogi Mirim - (CAmpanha de POpularização do TEatro)



Galera! Para cooperar com a cultura, divulgo aqui o que recebi....

A partir deste fim de semana tem inicio o “1º CAPOTE” (CAmpanha de POpularização do TEatro), no qual quatro companhias de teatro de Mogi Mirim estarão se apresentando...

Os ingressos custam R$ 7 – para estudantes e acima de 60, ou até duas horas antes do espetáculo. Ou R$ 14 na hora. Se quiser adquirir todos os convites, o valor é de R$ 40,00.

PROGRAMAÇÃO:
18/02 às 20h30 – CIA IMAGEM PÚBLICA com o espetáculo "improvisAÇÃO"
19/02 às 20h30 – VIDRAÇA CIA DE TEATRO com o espetáculo "TRANSFORMADOR, CARETA E SONHADOR"
20/02 às 20h – CIA IMAGEM PÚBLICA com o espetáculo infantil "EU CHOVO, TU CHOVES, ELE CHOVE
25/02 às 20h30 – VIDRAÇA CIA DE TEATRO com o espetáculo "FELIZ ANIVERSÁRIO"
26/02 às 20h30 – CIA IMAGEM PÚBLICA com a comédia "ENGATA A QUARTA – NOVO DE NOVO"
27/02 às 20h – CIA YESSO DE TEATRO com o espetáculo "SE AO MENOS EU TIVESSE UM NARIZ VERDE"
12/03 às 20h30 – GRUPO DE TEATRO TERRITÓRIO com o espetáculo "DISPAROS DE NORA"
13/03 às 16h30 – CIA IMAGEM PÚBLICA com o espetáculo "O FUTURO QUE NOS ESPERA – CONSCIÊNCIA AMBIENTAL"

Endereço do Teatro do Centro Cultural de Mogi Mirim: Av. Santo Antonio, 430, Centro - MOGI MIRIM

Informações pelo telefone (19) 3549-9456 ou por e-mail, contato@ciaimagempublica.com.br, ou no blog http://barracaoimagempublica.blogspot.com/2011/01/1-capote-campanha-de-popularizacao-do.html

VAMOS!! ?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011



Na última semana, numa dessas manhãs, enquanto estava no ônibus da empresa, dirigindo-me ao trabalho, aconteceu uma tragédia.

Quando o motorista parou o meio de transporte, recolheu um profissional que trouxe consigo, agarrado às suas costas, uma “lagarta”, aquelas verdes e gordinhas, de árvore. Ela estava afixada na camisa do homem, e foi avistada por uma estagiária que estava atenta aos movimentos das pessoas.

- Moço, Moço! Tem um bicho em você!
- Tira, tira, por favor!!
- Não moço, acho que ele morde.

Abre boxe, preciso comentar: eu ri, internamente, juro que eu ri. Morde?

Então, um outro homem, sentando numa poltrona da coluna oposta a fileira de bancos em que estava a estagiária, bateu nas costas do homem e derrubou a bichinha – Bichinha?, que também pode ser um bichinho, no corredor do ônibus.

Caiu próximo ao meu pé. E lá ficou, penso eu que foi o choque, imagina a emoção da lagarta, saltou de uma árvore numa camisa, embarcou num ônibus, foi açoitada por um homem, caiu de uma altura considerável. A largarta se esborrachou no chão, talvez tenha até perdido a consciência. E eu, agora penso que sem coração, logo saquei minha câmera e fiquei filmando a coitada.

De repente, tudo se transformou em escuridão na vida deste pequeno ser, um tênis, com toda frieza, esmagou os sonhos da lagarta. Ela explodiu e virou um líquido verde.
Coitada, quase chorei. Estava íntima da lagarta. Tão íntima que nem pensei em salvá-la naquele momento, era óbvio que aquilo poderia acontecer, mas eu não pensei, queria saber pra onde iria se dirigir, como sairia daquela enrascada.


Mas depois de alguns instantes, analisando o cenário, percebi que a lagarta nada mais era que uma lagarta da geração Y. Ora bolas, ela arriscou sua vida em busca de uma nova oportunidade, estimulada por nossas percepções sobre sua vida, sobre seus ideais.


Analisou o sistema, arriscou-se pulando numa camisa azul, tinha foco, precisava do ônibus e lá se foi nossa amiga aventureira. O problema foi o momento do pouso, ela foi açoitada e perdeu os sentidos. Sem senso de direção, a tragédia aconteceu. Seu objetivo não foi alcançado, mas a vejo como um guerreira, praticamente um revolucionária.


Quantas lagartas já andaram de ônibus na vida?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pausa para leitura



Gosta de ler?

Eu gOsto!

Porém, confesso que nunca estabeleci metas de leitura. Nunca fiz promessa para ler 12 livros por ano – um por mês ou mais, para deixar de comer chocolate, refrigerante, fazer academia, etc. Nada disso! Tudo que faço é pelo entusiasmo e me empolguei tanto neste início de ano que decidi fazer uma leitura clássica: Madame Pommery, do autor Hilário Tácito, publicado em 1920.

Com dicionário nas mãos, paciência - muita paciência!, já que o linguajar não é simples, o texto repleto de referências, consegui finalizar a leitura.

Achei interessante e decidi compartilhar com vocês.

Hilário Tácito não é o nome verdadeiro do autor, é um pseudônimo. Na verdade, o autor se chama José Maria Toledo de Malta, um engenheiro, que publicou em toda sua existência, 66 anos, apenas a obra literária Madame Pommery.

A obra, que faz parte do pré-modernismo brasileiro (compreende os conteúdos publicados entre 1902 e 1922), tem como personagem principal a prostituta Madame Pommery que chega a São Paulo, ganha a vida como dona de bordel, casa-se com um homem rico e fica milionária no fim da vida....Mas, claro, tudo isso com muito charme...


Hilário é muito bom, em meio da obra faz comentários - em terceira pessoa - sobre a sociedade, economia cafeeira, burguesia, boemia, etc., com muitas referências,...óbvio - Pré Modernismo. Ele interfere muito no texto, e sabe disso...lembro-me de um trecho em que ele ao iniciar um comentário dizia (não nesse linguajar, claro, mas com este teor): e lá vem esse homem fazer conferência de novo. Mas sempre salientando que era esse o diferencial de sua obra. Se quiserem ler, muito bem, se não, perderão o melhor do livro.

Ahh!! Confesso que gostei da obra.

“Não suporto, nem por idéia, que se possa algum dia taxar de romance, novela ou conto, uma história verdadeira que, por amor da verdade, tanto trabalho me custou: vigílias sobre desconformes documentos, peregrinações e inquéritos aborrecidos. Pois bem sei que simelhantes afrontas são o prêmio de quantos se aventuram por mares nunca dantes navegados." – Hilário Tácito.


Se quiserem saber mais sobre Madame Pomerry e o fantástico Hilário Tácito, acesse o site do UOL: http://fredb.sites.uol.com.br/pommery.html
Boa Leitura!!!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Me erra - (título em homenagem ao danilo)


Cansei...

Cansei do meu discurso;
Cansei da sua voz;
Cansei de andar pelas mesmas ruas;
Cansei de comer as mesmas coisas;
Cansei de olhar na sua cara de manhã;
Cansei de me olhar no espelho de manhã, à tarde, à noite, nos sonhos.


Cansei das suas reclamações;
Cansei das minhas indagações;
Cansei das pessoas me chamando na internet pra me falarem as mesmas coisas;
Cansei de falar: oi, tudo bem! no msn, ou qualquer dispositivo eletrônico.
Cansei dos sucessos musicais;
Cansei dos lugares que vou;


Cansei dos livros que eu leio;
Cansei dos desenhos que eu faço;
Cansei do trabalho que executo;
Cansei do telefone tocando;
Cansei dos mesmos papos ao telefone;


Cansei de ter idéias;
Cansei de ler as mesmas revistas;
Cansei da sua falta de assunto, da sua pequena massa cinza e de sua rala criticidade;
Cansei de pessoas me cobrando;
Cansei de cobrar pessoas e me sentir ridícula por não acreditar naquilo que faço;

Cansei de me vestir com roupas que eu detesto;
Cansei de calçar sapatos que esmagam meus dedos;
Cansei de domingos bobos;
Cansei da sua falta de educação;
Cansei de ser direta;
Cansei de te ver feliz, sorridente;


Cansei de me ver de saco-cheio de você;
Cansei de saber que você acha seu chefe um deus;
Cansei de ir ao banco;
Cansei de decorar senhas do computador, do banco, do msn, do blog, do e-mail da empresa, do correio particular.
Cansei de agenda;


Cansei do meu guarda-roupa;
Cansei da minha maquiagem;
Cansei do seu manequim, das suas roupas, do seu cabelo.
Também cansei dos meus;
Cansei de viver de dieta;
Cansei de lhe ver tomar chá-verde;
Cansei da sua futilidade;

Cansei do meu desprezo pelo material;

Cansei...
Cansei...

Sou tão sem graça quanto você.