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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cinco Fotos por Ludmila Fontoura

Voltando da cachoeira, o céu se mostrou colorido.







Moah, mais um gato





Vestidos ao sol






Maria Clara







June, uma história, um asilo





















































quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Teoria do Medalhão, Machado de Assis:


Pai diz para o filho que, formado, aos 21 anos, o homem tem infinitas carreiras diante de si e que seu desejo é que ele se faça grande e ilustre. O sonho é que o filho se torne um medalhão.

Para isso, ele dá algumas dicas ao jovem: O medalhão completo é o que sabe ficar quieto, que deve aprender a seguir o que a sociedade exige. É, também, aquele que omite suas próprias idéias e que não se opõe criticamente a nada. Seu sonho é ser querido e ter seu nome divulgado, por isso é agradável a todos e faz questão de não incomodar. A questão é se adaptar ao meio: jogar bilhar, ouvir boatos da semana...

Se começar a refletir ou pensar, o sujeito nunca será medalhão.

MATERIA PROJETOS FATEC FEIRA SP


Palestra sobre negócios entre Brasil e China


MATERIA NOVA SEDE ESCOTEIROS MOGI MIRIM - Encanto das Matas


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Passagem das Horas




Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei...

ÁLVARO DE CAMPOS

FERNANDO PESSOA

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sai fora trouxa! Tenho mais o que fazer, me deixa colorir, e vai...eu me viro por aqui




Tem dias que acordo como se algo fosse explodir dentro do meu corpo. Não são bombas, sou uma pessoa do bem, parecem mesmo serem potes de tintas coloridas.



Talvez ansiedade e felicidade signifiquem colorido para mim: misto de verde, amarelo, rosa, vermelho, laranja, violeta...Sempre tive apego às cores, aos traços. Sempre gostei de imagens coloridas. Assim como gosto de pessoas, flores, animais, e tudo que tem cor.

Minha vida sempre vai ter cor.


E não me venha com suas propostas milionárias roubar minha misturinha de tintas.
Não sou como eles, sem graça, nem branco, nem preto, desbotados, jogado às traças...

Sai fora trouxa! Tenho mais o que fazer, me deixa colorir, e vai...eu me viro por aqui.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Flores 1



Se eu pudesse colorir minha vida com o photoshop...

Já que eu não posso, me divirto colorindo as flores do quintal...

E tudo fica bem...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nevilton - O Morno






O Morno Nevilton

Ele só queria ver o sol
Mas nunca saía do seu quarto
Culpava a incerteza e a distância
Só se for fácil e garantido, aí eu faço

Nunca joga nada e quer massagem (só massagem)
Não quer nem ver o jogo e só quer gol (só quer gol)
Não lê o livro, só quer a mensagem (nunca lê)
E só chupa a laranja que um outro descascou

Rezava, mas esquecia de crer
Queria o bem, mas só levava a mal
E quando, então, o papo era fazer
Preferia voltar só no final

Pois sempre foi mais fácil esperar (esperar)
E ver as flores no jardim dos outros (no jardim)
Esperar para ver no que vai dar (vai dar sim!)
E se for legal, por que não fazer igual?

Queria muito viver bem a vida
Mas esquecia apenas de viver
Passava o dia olhando pra parede
E nunca via nada acontecer

Queria saber como é viajar (viajar)
Mas tinha medo de algo dar errado (dar errado)
Então achava melhor nem tentar (nem tentar)
E esquecia que podia ter amigos ao seu lado

Enfim, um dia ele acordou pra vida
E experimentou o que é viver
E amou, errou, tentou, leu, descobriu...

Que é natural nem tudo sair como se espera
Mas todo ano chega a primavera
E o calor do sol sempre ta aí pra te abraçar
Pode sorrir!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O contexto é importante, você não acha?



Encontrei com ela no ponto de ônibus, onde, de maneira envergonhada, me contou que não havia terminado de tirar a habilitação. O processo completou um ano. Segundo ela, tempo, dinheiro e paciência foram jogados fora.

Conheci esta senhora no curso do CFC, ela já havia reprovado na prova teórica uma vez. Recordo de sua postura em sala de aula, era a mais velha, e os meninos do fundo (um bando de moleques) tiravam sarro de sua vagarosidade. Sim, existia lentidão para a leitura e entendimento, mas eles não percebiam o contexto. A senhora era praticamente analfabeta, estava cursando a segunda série via sistema supletivo aos 50 anos.

Na segunda prova do CFC ela foi aprovada, eu também, mas de primeira, ainda bem.
Era o fim da teoria e o início da prática. Fui aprovada na prova de carro e reprovei uma vez na avaliação de moto. Ela só tentou tirar habilitação de carro, mas na prova disse ter derrubado um cone ao sair da baliza. Ou seja, não passou.

O tempo voou e um novo período será iniciado em nossas vidas, eu estou habilitada e ela continua em busca da carteira de motorista. Vai começar tudo de novo.

Percebo que quando as coisas não são feitas na idade supostamente correta (de acordo com os padrões da sociedade), tudo fica bem mais difícil. Cada ação tem sua conseqüência.

Perguntei para ela porque não estudou quando pequena. Ela me disse que o pai havia lhe tirado da escola para trabalhar.

Eu pensei “não sou melhor que ela, as oportunidades é que foram diferentes”.
Por isso, a importância de analisar o contexto. Em tudo...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O valor só é percebido quando algo se vai...

Café da tarde, xícaras na mesa, manteiga sendo espalhada no pão. Café da tarde com visita numa tarde fria de sábado, conversas tomam forma e os contratempos das três vidas são compartilhados pelas vozes femininas. Uma queixa-se do filho, outra do desemprego, enquanto a terceira da idade e implicações que ela traz.


De repente um barulho. Elas se entreolham. Parece que algo aconteceu, as luzes da casa piscaram, um barulho pareceu sair do transformador de energia. Tudo ficou mais apagado, depois de piscar mais uma vez, o tom diminuiu. Tudo ficou com cor de amarelo morto. Parece que até o frio adentrou a cozinha com mais voracidade.


Na rua gritaria, crianças bagunçando. A mais jovem das três mulheres dirigiu-se até o portão, de onde tudo se via, com um ponto de interrogação pregado na testa. Ao observar entende tudo. Os moleques conseguiram romper o fio da eletricidade com o cerol. A pipa vermelha ficou enroscada, enquanto os moleques saboreavam a conquista.


Ao perceberem os moradores no portão, que buscavam explicação para o barulho e falta de energia elétrica, logo os moleques subiram em suas bicicletas e começaram a pedalar pra bem longe a fim de escaparem da repressão. Um morador gritava:


- Ahhh moleque, se alguma coisa queimou em minha casa você vai pagar!!! Eu sei que foi você de bermuda vermelha, se eu te pego sua peste....

A primeira entra esbravejando e comenta sobre o ocorrido. Que falta de consciência! Toma a conta de energia em suas mãos e relata via telefone para Renata, a atendente da operadora de energia, o ocorrido.


- Um moleque de bermuda vermelha enroscou uma pipa no fio de energia. Não contente, estraçalhou o fio ao meio ao puxar a linha cheia de cerol. Eu não me conformo – desabafa. Quanto tempo demora Renata? Não Sabe? Ah que bom, está escurecendo, estou sem velas...


Volta para a cozinha, comenta. A visita vai embora e as duas ficam na calçada esperando.


Logo chega o carro da operadora de energia e dois homens saltam do automóvel. Os meninos que há pouco haviam fugido dos moradores voltam também. Pedem a pipa (que audácia!).


Os homens olham para o fio, conversam entre eles. Preparam a escada e analisam.

Silêncio. Descida. Uma ligação.


Pelo visto precisam de ajuda, material ou qualquer coisa que não tem no automóvel.

Os moleques se refestelam, a pipa vermelha é devolvida, e pior, sem a menor indagação ou bronca. Elas se olham, não concordam.


- Será que é tão normal assim? Cadê a mãe desse moleque? Se fosse eu deixaria de castigo, sem comer e no escuro por dois dias.

- Maldade menina. Mas que merece uns puxões de orelha, ah isso merece. Imagina se toma um choque e morre aqui, por causa de uma pipa. Além de quase morrer, o “fio da p...” do moleque ainda deixa a rua toda no escuro. Não vê que tem criança pequena, velhinhos e até açougue. Vai estragar a carne do moço. Ohhh falta de consciência, meu deus, onde vamos parar?!!, cada um só pensa no próprio umbigo, Jesus!


Meia hora depois o carro chega. Os quatro homens trocam informações. O segundo carro parte.

Novamente a escada sobe e, no escuro, a luz da lanterna do carro, super potente por sinal, uma mágica é realizada e a energia volta.


Elas se entreolham e comentam:

- Tem coisas que a gente só valoriza quando vai embora. Sem ela não dá pra tomar banho, ver TV, acessar internet e ver você. E pensar que quando eu vim morar aqui nem luz tinha heim...


- Pois é, parece que tudo na vida é assim né...o ser humano é tão estranho...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Animais de Estimação: Ai, como são fofinhos!



Como é bom ter animais de estimação.

Esta é a Maria Emilia, tem menos de 6 meses, foi encontrada na rua quando ainda era bebê.

Hoje, além de nosso gato, é o ursinho da Belinha.

Apesar de tudo, elas se dão bem...ou quase bem.




segunda-feira, 9 de maio de 2011

Empregadores, queremos espaço, dá pra quebrar esse galho?



Estou procurando emprego.

Dá pra alguém me ouvir, me dar espaço pra escrever, pra eu postar o que penso, pra eu enviar uma foto, desenho, ou qualquer idéia que é (tão legal), mas fica presa em meu computador e em meu cérebro?

Não é nada fácil. Às vezes um tanto frustrante, eu diria.

Muitas empresas trabalham com sites que mantém páginas padronizadas com a aba “Trabalhe Conosco”, e nelas, campos simples, com limite de caracteres para um cidadão comunicólogo, por exemplo. Quis inserir minha segunda graduação, e nem campo para isso havia, poxa! E meus cursos extras...xii...nenhuma linha destinada para eles...

O diferencial de qualquer humano fica bloqueado neste tipo de sistema, inclusive o meu.

Os empregadores precisam estar mais abertos e receptivos com a nova geração, queremos ousar, mas como? Dá pra quebrar esse galho pra nós?

Sabemos que o diferencial é importante. Por isso, desbloqueiem suas páginas, nos peçam mais conteúdo, analisem nossa criatividade, inspiração, temos muito pra oferecer, é que às vezes ninguém quer ver ou ouvir.

Se um dia tiver a chance de ter uma empresa, valerá mais um bom bate papo (com conteúdo e expressão) que um currículo formatado que, talvez, possa nunca ser visto.

Em minha opinião, é hora de muita gente se adequar...o mundo está em transformação, e as gerações também.

Nos questionem!!
Nos ouçam!!
Nos peçam idéias!!
Histórias de vida!!
Nos peçam vídeos!!
Nos peçam tarefas...etc, etc, etc!!


Sobre a geração Y: A nova geração quer trabalhar. Trabalham melhor em equipes. Adoram superar desafios. Detestam rotinas e sempre procuram uma forma de fugir delas. São dinâmicos e criativos.

Fonte:

http://deutilt.com.br/tudo-junto/geracao-y/

http://consumidormoderno.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3305:criatividade-e-inconsequencia-entram-em-conflito-nos-jovens-da-geracao-y&catid=125:tendencia&Itemid=165

domingo, 27 de março de 2011









O que você gosta de fazer?

Quais são seus sonhos?

O que você quer aprender?


Estou lendo Projeto Felicidade, da escritora Gretchen Rubin, que percebeu que os dias passam devagar, mas os anos rápidos demais. O tempo estava passando e ela não sentia-se focada naquilo que mais valorizava.


Para Gretchen Rubin: identificar o que lhe faz feliz pode ser extremamente valioso.


** Há tempos penso em aprender a costurar.



Minha máquina está encostada num quartinho esperando que alguém vá lhe fazer companhia há tempos e hoje tomei coragem e fui. Decidi preparar uma bolsa artesanal. Pesquisei alguns modelos e dediquei parte deste domingo interagindo com a máquina de costura, linha, tecido, botões, cores, etc.


Quando você coloca pra fora sua criatividade, se envolve de verdade numa tarefa, o resultado torna-se gratificante e o estresse vai embora num piscar de olhos.


Tudo bem que ela não ficou perfeita, mas já foi um aprendizado. Se nunca tivesse me arriscado no máquina jamais aprenderia que as agulhas se quebram facilmente (só hoje estraguei duas), que é difícil colocar a bobina no lugar correto (sozinha impossível), que uma linha costura por baixo do pano e outra por cima...entre tantos detalhezinhos.


Aproveite você também, tire da gaveta aquele velho projeto...ou aquele sonho... Se não for agora, vai deixar pra quando??


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

1° CAPOTE Mogi Mirim - (CAmpanha de POpularização do TEatro)



Galera! Para cooperar com a cultura, divulgo aqui o que recebi....

A partir deste fim de semana tem inicio o “1º CAPOTE” (CAmpanha de POpularização do TEatro), no qual quatro companhias de teatro de Mogi Mirim estarão se apresentando...

Os ingressos custam R$ 7 – para estudantes e acima de 60, ou até duas horas antes do espetáculo. Ou R$ 14 na hora. Se quiser adquirir todos os convites, o valor é de R$ 40,00.

PROGRAMAÇÃO:
18/02 às 20h30 – CIA IMAGEM PÚBLICA com o espetáculo "improvisAÇÃO"
19/02 às 20h30 – VIDRAÇA CIA DE TEATRO com o espetáculo "TRANSFORMADOR, CARETA E SONHADOR"
20/02 às 20h – CIA IMAGEM PÚBLICA com o espetáculo infantil "EU CHOVO, TU CHOVES, ELE CHOVE
25/02 às 20h30 – VIDRAÇA CIA DE TEATRO com o espetáculo "FELIZ ANIVERSÁRIO"
26/02 às 20h30 – CIA IMAGEM PÚBLICA com a comédia "ENGATA A QUARTA – NOVO DE NOVO"
27/02 às 20h – CIA YESSO DE TEATRO com o espetáculo "SE AO MENOS EU TIVESSE UM NARIZ VERDE"
12/03 às 20h30 – GRUPO DE TEATRO TERRITÓRIO com o espetáculo "DISPAROS DE NORA"
13/03 às 16h30 – CIA IMAGEM PÚBLICA com o espetáculo "O FUTURO QUE NOS ESPERA – CONSCIÊNCIA AMBIENTAL"

Endereço do Teatro do Centro Cultural de Mogi Mirim: Av. Santo Antonio, 430, Centro - MOGI MIRIM

Informações pelo telefone (19) 3549-9456 ou por e-mail, contato@ciaimagempublica.com.br, ou no blog http://barracaoimagempublica.blogspot.com/2011/01/1-capote-campanha-de-popularizacao-do.html

VAMOS!! ?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011



Na última semana, numa dessas manhãs, enquanto estava no ônibus da empresa, dirigindo-me ao trabalho, aconteceu uma tragédia.

Quando o motorista parou o meio de transporte, recolheu um profissional que trouxe consigo, agarrado às suas costas, uma “lagarta”, aquelas verdes e gordinhas, de árvore. Ela estava afixada na camisa do homem, e foi avistada por uma estagiária que estava atenta aos movimentos das pessoas.

- Moço, Moço! Tem um bicho em você!
- Tira, tira, por favor!!
- Não moço, acho que ele morde.

Abre boxe, preciso comentar: eu ri, internamente, juro que eu ri. Morde?

Então, um outro homem, sentando numa poltrona da coluna oposta a fileira de bancos em que estava a estagiária, bateu nas costas do homem e derrubou a bichinha – Bichinha?, que também pode ser um bichinho, no corredor do ônibus.

Caiu próximo ao meu pé. E lá ficou, penso eu que foi o choque, imagina a emoção da lagarta, saltou de uma árvore numa camisa, embarcou num ônibus, foi açoitada por um homem, caiu de uma altura considerável. A largarta se esborrachou no chão, talvez tenha até perdido a consciência. E eu, agora penso que sem coração, logo saquei minha câmera e fiquei filmando a coitada.

De repente, tudo se transformou em escuridão na vida deste pequeno ser, um tênis, com toda frieza, esmagou os sonhos da lagarta. Ela explodiu e virou um líquido verde.
Coitada, quase chorei. Estava íntima da lagarta. Tão íntima que nem pensei em salvá-la naquele momento, era óbvio que aquilo poderia acontecer, mas eu não pensei, queria saber pra onde iria se dirigir, como sairia daquela enrascada.


Mas depois de alguns instantes, analisando o cenário, percebi que a lagarta nada mais era que uma lagarta da geração Y. Ora bolas, ela arriscou sua vida em busca de uma nova oportunidade, estimulada por nossas percepções sobre sua vida, sobre seus ideais.


Analisou o sistema, arriscou-se pulando numa camisa azul, tinha foco, precisava do ônibus e lá se foi nossa amiga aventureira. O problema foi o momento do pouso, ela foi açoitada e perdeu os sentidos. Sem senso de direção, a tragédia aconteceu. Seu objetivo não foi alcançado, mas a vejo como um guerreira, praticamente um revolucionária.


Quantas lagartas já andaram de ônibus na vida?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pausa para leitura



Gosta de ler?

Eu gOsto!

Porém, confesso que nunca estabeleci metas de leitura. Nunca fiz promessa para ler 12 livros por ano – um por mês ou mais, para deixar de comer chocolate, refrigerante, fazer academia, etc. Nada disso! Tudo que faço é pelo entusiasmo e me empolguei tanto neste início de ano que decidi fazer uma leitura clássica: Madame Pommery, do autor Hilário Tácito, publicado em 1920.

Com dicionário nas mãos, paciência - muita paciência!, já que o linguajar não é simples, o texto repleto de referências, consegui finalizar a leitura.

Achei interessante e decidi compartilhar com vocês.

Hilário Tácito não é o nome verdadeiro do autor, é um pseudônimo. Na verdade, o autor se chama José Maria Toledo de Malta, um engenheiro, que publicou em toda sua existência, 66 anos, apenas a obra literária Madame Pommery.

A obra, que faz parte do pré-modernismo brasileiro (compreende os conteúdos publicados entre 1902 e 1922), tem como personagem principal a prostituta Madame Pommery que chega a São Paulo, ganha a vida como dona de bordel, casa-se com um homem rico e fica milionária no fim da vida....Mas, claro, tudo isso com muito charme...


Hilário é muito bom, em meio da obra faz comentários - em terceira pessoa - sobre a sociedade, economia cafeeira, burguesia, boemia, etc., com muitas referências,...óbvio - Pré Modernismo. Ele interfere muito no texto, e sabe disso...lembro-me de um trecho em que ele ao iniciar um comentário dizia (não nesse linguajar, claro, mas com este teor): e lá vem esse homem fazer conferência de novo. Mas sempre salientando que era esse o diferencial de sua obra. Se quiserem ler, muito bem, se não, perderão o melhor do livro.

Ahh!! Confesso que gostei da obra.

“Não suporto, nem por idéia, que se possa algum dia taxar de romance, novela ou conto, uma história verdadeira que, por amor da verdade, tanto trabalho me custou: vigílias sobre desconformes documentos, peregrinações e inquéritos aborrecidos. Pois bem sei que simelhantes afrontas são o prêmio de quantos se aventuram por mares nunca dantes navegados." – Hilário Tácito.


Se quiserem saber mais sobre Madame Pomerry e o fantástico Hilário Tácito, acesse o site do UOL: http://fredb.sites.uol.com.br/pommery.html
Boa Leitura!!!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Me erra - (título em homenagem ao danilo)


Cansei...

Cansei do meu discurso;
Cansei da sua voz;
Cansei de andar pelas mesmas ruas;
Cansei de comer as mesmas coisas;
Cansei de olhar na sua cara de manhã;
Cansei de me olhar no espelho de manhã, à tarde, à noite, nos sonhos.


Cansei das suas reclamações;
Cansei das minhas indagações;
Cansei das pessoas me chamando na internet pra me falarem as mesmas coisas;
Cansei de falar: oi, tudo bem! no msn, ou qualquer dispositivo eletrônico.
Cansei dos sucessos musicais;
Cansei dos lugares que vou;


Cansei dos livros que eu leio;
Cansei dos desenhos que eu faço;
Cansei do trabalho que executo;
Cansei do telefone tocando;
Cansei dos mesmos papos ao telefone;


Cansei de ter idéias;
Cansei de ler as mesmas revistas;
Cansei da sua falta de assunto, da sua pequena massa cinza e de sua rala criticidade;
Cansei de pessoas me cobrando;
Cansei de cobrar pessoas e me sentir ridícula por não acreditar naquilo que faço;

Cansei de me vestir com roupas que eu detesto;
Cansei de calçar sapatos que esmagam meus dedos;
Cansei de domingos bobos;
Cansei da sua falta de educação;
Cansei de ser direta;
Cansei de te ver feliz, sorridente;


Cansei de me ver de saco-cheio de você;
Cansei de saber que você acha seu chefe um deus;
Cansei de ir ao banco;
Cansei de decorar senhas do computador, do banco, do msn, do blog, do e-mail da empresa, do correio particular.
Cansei de agenda;


Cansei do meu guarda-roupa;
Cansei da minha maquiagem;
Cansei do seu manequim, das suas roupas, do seu cabelo.
Também cansei dos meus;
Cansei de viver de dieta;
Cansei de lhe ver tomar chá-verde;
Cansei da sua futilidade;

Cansei do meu desprezo pelo material;

Cansei...
Cansei...

Sou tão sem graça quanto você.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Coisitas de internet






Há dias, recebi um e-mail com o título: O que não faz uma publicitária em licença-maternidade. Ao abrir, continha as fotos acima e os seguintes dizeres:

"Dizem que Adele Enersen é uma publicitária finlandesa.
Veja a produção caseira sobre os possíveis sonhos de sua filha Mila"

Bom para exercitar a criatividade.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A vida passa rápido demais. O negócio é ser feliz, isso sim.


Segunda-feira não é dia de bar, eu sei. Mas, a fim de jogar conversa fora, rir das graças e desgraças do dia-a-dia, lá fomos nós: eu, Lígia, e Zé... Frequentar bar é muito mais que sair pra beber, comemorar ou petiscar, as noites contemplam um contexto boêmio que conquistam as pessoas com barulho de copos se enchendo, música, taças brindando, gargalhadas e, cheiro, cheiro bom de coisa boa, de perfume agradável, de sorrisos bonitos, de meia luz. Enfim, vamos deixar pra lá. (Esse papo fica para outro dia).


**
Vim aqui é pra contar da noite de ontem. Mais uma vez, um momento de descoberta.


**
De repente, quando vi, ele tinha sentado numa das cadeiras vazias que circundavam nossa mesa e, tranquilamente, tragava um cigarro olhando de “rabo-de-olhos” para nosso lado.
Ele quem?
O seu Sebastião, um velhinho de 83 anos, que vestia uma camisa pólo azul-marinho com listras brancas, e que para aproximar-se de nós, interrompeu nossa conversa com a seguinte pergunta:
- Hei menino, você é mesmo inteligente? Então me responde, o que a árvore maior disse para a menor?
O silêncio pairou na mesa.
Ninguém sabia responder, então ele mesmo prontificou-se a dizer:
- Minha filha cresce que você ainda é muda.


**
Ninguém disse nada, as gargalhadas escaparam.
Mas sei que não eram gargalhadas verdadeiras, era sarcasmo puro.


**
Ao ignorarmos este ato e, ao transparecermos acolhida perguntando-lhe o nome, ele rapidamente sentou-se mais perto de nós, começamos a conversar e descobrimos o quanto um bom papo com pessoas da terceira idade tem para nos acrescentar em termos de experiência de vida. Eles são sábios. Inteligentes e espertos. Até demais.


**
A conversa chegou ao ponto de competirmos tabulada na mesa, e o seu Sebastião errou o resultado apenas uma vez. Em compensação, nós, que nascemos na era da calculadora, tomamos uma lavada.

Fora isso, ele nos contou sobre seus 51 anos de casamento, sobre o único emprego que teve na vida, onde de peão, tornou-se chefe, sobre seu hobby: ler cartas de tarô, sobre sua “pitica” por médicos, exames e afins, sua falta de doença por anos, sua disposição para caminhar, andar de bicicleta, dirigir moto e carro, e sua felicidade em estar vivo e saudável, pelo menos aparentemente. O que ele tem no sangue, no pulmão, ou qualquer outro órgão, isso não é necessário saber, pelo menos em sua opinião.


**

Quando perguntei se ele faz alguma dieta especial, ele me disse que não janta. Ele come é lanche de hamburguer todos os dias, e que para não nos arrependermos no futuro, é preciso ouvir o coração durante toda a vida. Essa é a conclusão de alguém que viveu mais de 80 anos. Seguir ou não o conselho deste senhorzinho gente boa é de sua escolha.


Só sei é que o papo foi bem legal.


Observação: hoje, enquanto voltava pra casa, de longe vi que ele estava no mesmo bar, fumando mais um cigarro e batendo papo com os amigos.


Procuro histórias pra ouvir.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Metamorfose


Moro na mesma casa desde pequena. Mas sinto que apesar das coisas continuarem da mesma forma, no mesmo lugar, com as mesmas cores, nós passamos por um processo de metamorfose acelerado.

Hoje encontrei minha vó ouvindo rock nacional, enquanto lia uma matéria sobre filosofia...

No mínimo, uma evolução impactante. Há tempos atrás, a bíblia era lida pelo menos 3 vezes ao ano, sem fundo musical.


Viva a diversidade, o incentivo e a resiliência.

Para chegar aos 80, de maneira admirada e integrada, é preciso agir como camaleão
.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Titãs - Bichos Escrotos







Bichos Escrotos
Titãs

Composição: Nando Reis / Arnaldo Antunes / Sérgio Britto


Bichos!
Saiam dos lixos
Baratas!
Me deixem ver suas patas
Ratos!
Entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado...

Pulgas!
Que habitam minhas rugas
Onçinha pintada
Zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se fuder!
Porque aqui
Na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter...

Bichos Escrotos
Saiam dos esgotos
Bichos Escrotos
Venham enfeitar
Meu lar!
Meu jantar!
Meu nobre paladar!...

Bichos!
Saiam dos lixos
Baratas!
Me deixem ver suas patas
Ratos!
Entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado...

Pulgas!
Que habitam minhas rugas
Onçinha pintada
Zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se fuder!
Porque aqui
Na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter...

Bichos!
Baratas!
Ratos!
Cidadão civilizado
Pulgas!
Onçinha pintada
Zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se fuder!
Porque aqui
Na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter...

Bichos Escrotos
Saiam dos esgotos
Bichos Escrotos
Venham enfeitar
Meu lar!
Meu jantar!
Meu nobre paladar!...